terça-feira, 25 de julho de 2017

Sento, respiro, espero e vivo.

Ando por cá, assim como vou vagueando pela estrada.
Ando, vejo, penso, aprendo, sorrio e emociono-me. Tal como com a vida.
Passo despercebida, ou tento, mas não o faço só para saber da vida dos outros. Não, faço-o porque muitas vezes é assim que me sinto. Tal como na vida.
Nos últimos tempos é assim a minha vida.
Ando, passo, ouço, penso no que dizem (e são tantas as opiniões, que por vezes tenho de desligar) e sigo. Temos de seguir. A vida não pára e não nos ajuda em nada tentar parar a vida.
Aqui ando. Aqui leio. Por aqui, vivo.
 
A própria vida, vai encarregar-se de se resolver.
Sento, respiro, espero e vivo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Escondo ou não sei o meu sentir!

Já perdi o brilho. Meu olhar está baço.
Não entendo o que sinto e tenho receio do meu sentir.
As palavras jorram no pensamento, mas não fluem da caneta.
Quando se é abandonado, não pode ser o mesmo que quando se perde alguém por morte. Não pode! O que sinto, não faz sentido.
Perder alguém que é a continuação de nós, é estranho, é duro e tira-nos a noite, porém, queima a pele. Não deixa que o pensamento se prenda à perda.
O que sinto, é estranho. Não entendo. Não faz sentido.
Não se é rejeitado por um filho e não se consegue sentir nada. A não ser que, a saudade do cheiro, da fala e dos passos, do olhar e do toque, se tenham entranhado e tornado parte de mim de tal jeito, que não sinto.
Sinto-me inebriada, anestesiada.
Não defino meu sentir. Só perdida que me vejo.
Falho em tudo. Falhei em tudo. Mas, não sei como falhei.
Pensei, sonhei e quis dar-te a vida.
Dei o que podia dar, acarinhei mais do que alguma vez fui acarinhada. Chorei, ralhei, deixei de comer e vestir para te dar. E quando a uma simples pergunta de “quando vens”, a resposta é “não quero ir”, dói. Não o mereço, tenho a certeza disso.
Não. Não falhei. Algo falho, mas não eu.
E por não o merecer, nem por merecer ser mal tratada e rejeitada por ti, quando na minha presença, prefiro não ver, não falar, não pensar.
A porta está fechada, os brinquedos e as tuas coisas, todos lá dentro. E foste. E deixaste as coisas que acarinhavas e gostavas, para trás. E lá estão, à espera do dia que as voltes a abraçar.
Elas, e eu.
Não consigo desenhar mais palavras. Os meus dedos não conseguem fazer mais contornos de sentimentos.
Sinto-me vazia. Sem sentidos e sem sentir.
Mas não posso!
Tenho de lutar e manter-me viva. Afinal, também a tua "metade"de sangue, aquela que também tu deixaste para trás, precisa de mim. E agora, mais que nunca.
É estranho o vazio de sentimentos e a alienação que consigo ter, de tudo isto. De toda a situação.

O que sinto, é estranho. Não entendo. Não faz sentido.