Tudo isto se passou ontem, porém não queria escrever o texto ontem. Aqui vai.
Ontem, pela manhã chovosa que tivemos, em muito parecida à de hoje, enquanto me deslocava para o trabalho e tendo de parar numa fila de carros, veio um senhor que resolveu mbirrar com a traseira do meu carro. Coitada da traseira, estava ali sossegada, mas deve ser bonita e o senhor, pumba. Toma lá disto.
Saí do carro e reparei que o senhora, com ar possante, não saia. Estranhei! Fui ter com ele para saber se estava bem. Disse que sim e pediu para nos encostrarmos, escusavamos de estar a empatar o trânsito.
Tem toda a razão e assim o fiz.
Bom, chovia que era uma coisa maluca. Lá nos encostamos e olhámos para a declaração amigável. Belo pincel, pensei eu.
Já nem sei muito bem explicar como, lá acordámos que ao final do dia nos encotraríamos para preencher a dita declaração.
O senhor tinha um ar muito simples. Notava-se que iria para o trabalho, quem sabe alguma obra ou algo parecido. Achei que seria pessoa de confiança. Senti, sei lá. E confiei.
Trocámos números de telemóvel e combinamos hora e local.
E cada um seguiu o seu caminho.
Claro que, com o passar das horas, fui caindo mais em mim e só pensava... e se o homem me enganou! Agora é aguardar.
Chegada a hora marcada, apareci eu, o meu pai, a minha mãe e a minha filha. Coitado do homem, pensei! Ainda julga que lhe vamos dar alguma tareia. Mas a verdade é que fomos todos, por ir. Para nos acompanharmos, para sairmos e aproveitámos e bebemos um café.
O senhor chegou, vestido de toda a sua simplicidade. Vontámos ao raio da declaração amigável, a qual parece um inquérito judicial mas para formigas escreverem. Tive de preencher a parte do senhor, a seu pedido. E no final lá assinou, mas reparei que com dificuldade e com uma letra tão humilde como ele próprio.
E assim foi. O meu instinto e a situação disseram-me para confirar. Confiei e... vá lá! Tive sorte. sai-me bem.
Ufa!