quarta-feira, 2 de julho de 2014

revisão e dúvida. o sim ou o não

Ontem, fui à revisão anual. Todos os anos vou fazer um check-up e principalmente vou à ginecologia fazer a revisão, para ver se está tudo em "ordem". 
Lá venho eu carregada de exames para ir fazer. O normal. Análises, mamografias, etc e tal. 
E ontem, falou-se do ter outro filho. A médica apenas me disse que, os 43 (minha idade) em nada a assustavam. O que a assustava, mas isso era a ela como pessoa e não como médica, era com 53 ter uma criança de 10 e aos 63 (se lá chegar) a jovem ter 20. E deixou-me também a pensar.
Sempre quis ter 3 filhos. Quis o destino que ao 2º, o casamento ficasse suspenso, praticamente na altura de começar a pensar no 3º.
Aí, não voltei mais a pensar no assunto. Habituei-me a ter as minhas CCs, semana sim, semana não. Adaptei-me a toda uma nova vida e realidade. Vesti-me com nova vontade e tentei ser feliz assim mesmo. Não sou nem nunca fui a pessoa com maior inclinação para crianças. Não sou própriamente de andar a brincar com as crianças por dá-cá-aquela-palha, mas gosto de brincar, enroscar, rir e dormir com as minhas. Ensinar-lhes coisas e aprender tantas outras. Gosto do seu cheiro e até das suas birras.
A vida entretanto mudou. Conheci uma pessoa que tem o papel "do homem" lá em casa - ok, quando eu deixo que quem manda ali sou eu!! que aperfilhou as minhas filhas de uma forma fantástica. Que atura as minhas nóias, e são bués, com uma pachorra interminável, que se adaptou aos meus amigos extraordinariamente e que não tem filhos seus. E sim, este meu marido, gostava de ter filhos seus. Bem, arranjei-lhe a cadela.... mas não é a mesma coisa!
Confesso que volta e meia, me vem à ideia ter "o" terceiro. E é ai que me divido. 
Se por um lado gostava, por outro só penso de novo nas noites mal dormidas, no ensinar tudo de novo, nos fins de semana de borga que agora consigo ter quando me são proporcionados e de novo na complicação para sair, no custo que é ter um bebé. E a idade. Sim, porque agora as coisas estão já estruturadas para as duas crianças que existem. Mesmo que ficasse sózinha, voltava a aguentar-me bem só nós as 3. Mais um? E o trabalho que ainda agora comecei. Mandam-me embora? Compreendem e não "há bocas"?
E se vem com algum problema, alguma coença? Tenho estrutura para aguentar? E se não é mais uma menina... eheheh (esta é piada). 
Enfim, vêem-me muitas dúvidas à cabeça. Muitas inseguranças e muitos medos.
Mas por outro lado, imagino uma (um) carequinha, linda, doce. Aquele niquinho de gente enroscada no meu regaço. As irmãs a sorrirem e a brincarem com o novo ser. O amor e o carinho que cada um lhe pode dar e que é devolvido em cada pequena gracinha que é feito. Um ponto de interrogação, é o que esta ideia me causa.
Giro. Falo muito em ser uma menina!
E ontem na revisão, mais uma vez veio a ideia ainda mais ao de cima.

2 comentários:

A Loira disse...

É o tal instinto maternal a chamar por ti.

Y disse...

Eu sou pessoa de ter filhos enquanto houver condições para os criar - dinheiro, estrutura familiar e vontade. Não vejo mal nenhum a questão da idade mas penso exactamente como tu, tenho o mesmo medo de ser uma cota em idade de avó com um/a miúda/o pela mão a fazer uma birra mas acho que isso são preconceitos culturais que sempre nos foram postos na cabeça. Há limitações mas o essencial está lá. Pensa se queres mesmo, o resto virá! E o emprego... escrevo sobre esse assunto muitas vezes, empresas que não aceitam maternidade não merecem o nosso empenho! O que quer que decidas que seja de coração. *