sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ou 8 ou 80

Recordo em muitos momentos o receio que antigamente tinha em falar e agir.
Todo o movimento, palavra e vírgula era meticulosamente pensada antes de proferida. Por vezes, acções feitas que se mantinham só comigo. Conversas tidas que não eram repetidas.
Forma de viver defendida da razão e verdade superior de algum ser considerado superior. O ser, considerava-se, eu apenas me protegia e defendia a minha pachorra para aturar certas merdas que não concordava e nem tinha pachorra.
Em suma vivia de certa forma reprimida, comprimida, sufocada, mas sempre sorrindo e acenando, comós-outros.
Estúpida. Sim eu sei. Refilar, defender, bater o pé, poderia certamente levar a maior paz d'alma. Assim, apenas sobrevivi em função de.
Acho que fiquei tão marcada, ou aprendi, ou não quero o mesmo, que hoje em dia sou ao contrário. Faço o que acho e me apetece fazer; compro o que quero e posso comprar; sonho sem limites. Caguei.
O pior é que por vezes acabo a contar e dizer o que não quero.
Ou 8 ou 80. Assim a malta não se entende.

3 comentários:

Paula Alexandra Santos disse...

O melhor é tentar chegar ao meio termo, ao equilíbrio.
Mas isso com o tempo vai-se aprendendo.
Bom fim de semana!

Ana disse...

Acho que é normal passar para o lado contrário quando nos queremos libertar de algo. A tendência é mesmo ir para o outro extremo. Com o tempo aprende-se a ficar ali no sítio certo, que normalmente é no meio.

D. disse...

Acho que com o tempo vais chegar ao equilibrio!