sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Na primeira pessoa, mas podia ser noutra

Por vezes gostava de ser profunda. Ter sempre a palavra certa e a atitude correcta, para cada minuto que se passa na vida;
Por vezes gostava de conseguir calar a palavra errada e que fere. e sei que fere, mas não evito a sua saída. Digo, e sei que ficará a bater bem no fundo repetidas vezes até passar ao estado letárgico;
Por vezes gostava de irradiar amor, calma e perfume da doçura;
Por vezes gostava que à minha volta tudo fosse calma, harmonia. Que todos respeitássemos e obedecêssemos uns aos outros.;
Por vezes gostava que fizéssemos tudo pelos outros e empírica e automaticamente os outros fizessem tudo por nós. Assim, como um impulso, como algo obviamente natural;
Por vezes gostava de ser uma mãe-pai perfeita e de umas filhas perfeitas. Filha perfeita de pais perfeitos, amor perfeito de perfeito amor;
Por vezes gostava de ser mulher perfeita.
Mas não sou!
Mas o mundo também não o é!
Mas as palavras, a raiva e o stress não me ficam presos! Saem.
Mas a vontade de ser melhor, por vezes esvai-se!
E eu, perco.
Perco um pouco de mim.
Perco um pouco do interesse, do amor dos que são meus.
Perco a sua preocupação, a sua companhia.
Perco a sua fúria por estarem junto a mim.
Mas se eu sei tudo o que perco sendo como sou, porque é que por vezes não consigo pôr de lado a raiva que me torna fria e não deixo que o que de bom tenho me lidere. Para todos nós era um ganho!

4 comentários:

mfc disse...

A perfeição aborrece, entedia!
deixa que as coisas vão correndo mais ou menos bem... e vai compondo aqui e acolá!
Acredita que é bem melhor.

Beijinhos

D. disse...

:) vou tentar mfc. :)
Bjnhos

Tanita disse...

Podiam ter sido minhas estas palavras, embora não as conseguisse escrever tão bem. Bj**

D. disse...

;) Tanita. São momentos.