Estou aqui no vestiário a experimentar umas calças. Ao
lado, uma senhora está a experimentar, também, pelos vistos, umas calças e a
falar ao telefone com uma amiga:
".... pois, mas eu até gosto muito das verdes com
flores estampadas, mas o problema é que são muito óbvias e depois todas as
pessoas vão perceber que as comprei aqui. Não quero que se saiba, percebes?!"
Eu até limpei os ouvidos a ver se estava a entender bem.
Vesti-me rapidamente só para ver a cara da criatura. Espantem-se, ou não, para
estar com esta conversa. Tem um ar mais
normal que eu e a roupa que tem vestida em nada tem aspecto grif. Parece
daquelas moças que nasceram nas palhas e aspiram a ouro. Mas não conseguem
passar do alumínio. E o alumínio está bem cotado no mercado.
Amiga, não é o que vestimos que nos faz parecer de outra
carpete, mas sim como vestimos e a nossa atitude perante o que está vestido e o
mundo.
E ficam a saber que, andam por aí umas calças verdes
estampadas, por sinal bem giras, a fingirem que são de uma qualquer marca
carérrima, mesmo que valha nada.
Ah, e as minhas pretas. Tudo by Mo. A marca do
Continente. (passo a publicidade).
Ele há com cada croma. Cresçam.
4 comentários:
Pois, não são as roupas que fazem as pessoas mas as pessoas que "fazem" as roupas.
Nem mais CaT. :)
Tu é que devias crescer também e cuidar da tua vida. Uma pessoa que se veste as pressas para ter tempo de ver que cara é que estava a falar isso ao telemovel não é muito digna de criticar, pois parece-me tão infantil quanto.
Olha que já cá faltava um@ anónim@. Obrigada pela preocupação, mas eu cuido muito bem da minha vida.
Infantil? Pois talvez, mas infeliz é a pessoa que não tem um pouco de infantilidade em si.
Passar bem
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